Desvendando o nexo de causalidade nos sistemas europeus de responsabilidade civil: três lugares-comuns sob a ótica do Direito Comparado

Autores

  • Marta Infantino Universidade de Trieste
  • Eleni Zervogianni Universidade de Tessalônica
  • Cícero Dantas Bisneto Universidade de São Paulo (USP) / Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJBA)

Palavras-chave:

Causalidade, Responsabilidade Civil, Cultura Jurídica, Direito Comparado, Jurisdições Europeias

Resumo

O artigo analisa o nexo de causalidade nos sistemas europeus de responsabilidade civil, apresentando três principais suposições sobre o tema. A primeira sugere que as normas sobre causalidade são frequentemente tratadas como soluções objetivas a questões específicas, embora essa objetividade seja questionável. A segunda trata da divisão entre causalidade factual e jurídica, sublinhando-se a inconsistência da distinção nas diferentes jurisdições estudadas. Por fim, a pesquisa indica que a relevância da análise da causalidade varia significativamente entre os sistemas jurídicos investigados, dependendo do enfoque dado ao dever de cuidado do lesante ou à proteção dos interesses da vítima. Os resultados mostram uma diversidade de abordagens e decisões entre as diferentes jurisdições, evidenciando a influência de fatores históricos e culturais na aplicação das regras sobre causalidade. A conclusão do estudo propõe uma nova classificação das jurisdições em três grupos – causalidade “ampla”, “limitada” e “pragmática” – visando a proporcionar uma melhor compreensão sobre o papel do nexo de causalidade na responsabilidade civil europeia.

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Publicado

2025-05-13

Como Citar

INFANTINO, Marta; ZERVOGIANNI, Eleni; DANTAS BISNETO, Cícero. Desvendando o nexo de causalidade nos sistemas europeus de responsabilidade civil: três lugares-comuns sob a ótica do Direito Comparado. Revista de Direito Civil Contemporâneo , [S. l.], v. 41, n. 11, p. 389–421, 2025. Disponível em: https://ojs.direitocivilcontemporaneo.com/index.php/rdcc/article/view/1565. Acesso em: 14 maio. 2025.

Edição

v. 41 (2025)

Seção

Doutrina Internacional

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