https://ojs.direitocivilcontemporaneo.com/index.php/rdcc/issue/feed Revista de Direito Civil Contemporâneo - RDCC (Journal of Contemporary Private Law) 2024-04-11T09:45:40-07:00 Otavio Luiz Rodrigues Junior (Rede de Direito Civil Contemporâneo) otavioluiz.rdcc@gmail.com Open Journal Systems Publicação Oficial da Rede de Pesquisa de Direito Civil Contemporâneo https://ojs.direitocivilcontemporaneo.com/index.php/rdcc/article/view/1398 Apresentação e linha editorial 2024-04-06T09:01:33-07:00 Otavio Luiz Rodrigues Jr. otavioluiz.usp@gmail.com <p>Apresentação e linha editorial</p> 2024-04-11T00:00:00-07:00 Copyright (c) 2024 https://ojs.direitocivilcontemporaneo.com/index.php/rdcc/article/view/1399 Journal of Contemporary Private Law's Presentation and General Editorial Guidelines 2024-04-06T09:04:28-07:00 Otavio Luiz Rodrigues Jr. otavioluiz.usp@gmail.com <p>Journal of Contemporary Private Law's Presentation and General Editorial Guidelines</p> 2024-04-11T00:00:00-07:00 Copyright (c) 2024 https://ojs.direitocivilcontemporaneo.com/index.php/rdcc/article/view/1400 Sumário 2024-04-06T09:07:02-07:00 Revista de Direito Civil Contemporâneo direitocivilcontemporaneo@gmail.com <p>Sumário</p> 2024-04-11T00:00:00-07:00 Copyright (c) 2024 https://ojs.direitocivilcontemporaneo.com/index.php/rdcc/article/view/1401 Conceito normativo de dano: em busca de um conteúdo eficacial próprio 2024-04-06T09:12:31-07:00 Rafael Peteffi da Silva rpeteffi@gmail.com <p>O presente estudo visa analisar o concei­to jurídico ou normativo de dano enquanto requi­sito essencial e independente da responsabilidade civil. Primeiramente, tendo em vista a grande in­certeza em relação ao conteúdo do termo “dano indenizável”, apresenta-se uma acepção ampla e outra estrita do instituto. Após a delimitação dos principais termos utilizados no trabalho, serão estudadas as mais importantes teorias que res­paldam o conceito de dano, conferindo destaque para as teorias que se conectam com a evolução do <em>id quod interest</em>, concluindo-se pela possibili­dade de um conceito de dano como interesse ou como lesão a interesse. Por fim, serão analisadas as possibilidades de convivência entre o conceito jurídico de dano encontrado no trabalho com as figuras do dano <em>per se</em>, <em>injury as such </em>e dano <em>in re ipsa</em>.</p> 2024-04-11T00:00:00-07:00 Copyright (c) 2024 https://ojs.direitocivilcontemporaneo.com/index.php/rdcc/article/view/1402 Notas sobre o pacto de indivisão (art. 1.320, § 1º, do Código civil brasileiro de 2002) 2024-04-06T09:19:35-07:00 Bruno de Sousa Saraiva bsousasaraiva@gmail.com <p>Este artigo analisa o art. 1.320, § 1º, do Código Civil, que prevê o pacto de indivisão no condomínio, pelo qual temporariamente se impede o exercício do direito de divisão da coisa co­mum. Justifica-se o estudo porquanto se trate de tema pouco abordado pela doutrina, em virtude da pretensa clareza que se pretende atribuir ao referido dispositivo, o que acaba por formar um vácuo na matéria referente a condomínios. Pro­cura-se, enfim, preencher esse vácuo e, com isso, promover o debate sobre o tema. Para tanto, inicia-se com algumas considerações gerais acerca do condomínio: primeiramente, confrontam-se os conceitos de propriedade individual, condomínio e comunhão, para, em seguida, traçar considerações acerca das características, natureza jurídica, espécies e formas de extinção do condomínio. Em seguida, avança-se à temática do pacto de indivisão: seu conceito, sua previsão legal e sua fundamentação. Por fim, apresentam-se questio­namentos – e respectivas respostas – acerca do pacto de indivisão no que tange aos limites da&nbsp;autonomia privada nele contida, o prazo de du­ração da indivisão e sua prorrogação, quórum para sua constituição, sua forma, seus efeitos perante terceiros, seu desfazimento judicial e sua repercussão em caso de expropriação processual.</p> 2024-04-11T00:00:00-07:00 Copyright (c) 2024 https://ojs.direitocivilcontemporaneo.com/index.php/rdcc/article/view/1405 Alocação built to suit no Direito brasileiro: análise das cláusulas gerais em confronto com a cláusula impeditiva de revisão 2024-04-06T11:59:42-07:00 Marcelo Sampaio Siqueira msiqueira@siqueiraibiapina.com.br Natercia Sampaio Siqueira naterciasiqueira@yahoo.com.br <p>A utilização da forma de locação em­presarial <em>built to suit</em>, na qual o locador presta duplo serviço ao conceder a posse direta do bem imóvel e adequar o espaço às necessidades do lo­catário previamente expressas, vem aumentando, produzindo impactos positivos na economia. No entanto, crescem também os questionamentos acerca da possibilidade ou não de revisão da esti­pulação contratual, considerando o investimento realizado pelo locador. Este estudo tem como ob­jetivo averiguar a possibilidade de revisar cláusu­las contratuais desse tipo de estipulação face à possibilidade de vedação de modificação de va­lor locatício contida no art. 54 da Lei 8.245/1991, modificada pela Lei 12.744/2012. Para o atingi­mento de tal finalidade, utilizou-se como me­todologia a pesquisa bibliográfica doutrinária e jurisprudencial e o método hipotético-dedutivo. Obteve-se que o contrato <em>built to suit </em>constitui locação típica e conclui-se que a revisão se faz possível com base nas cláusulas gerais, função social do contrato e boa-fé objetiva e no art. 317 do Código Civil, mesmo existindo estipulação em contrário da revisão de aluguel.</p> 2024-04-11T00:00:00-07:00 Copyright (c) 2024 https://ojs.direitocivilcontemporaneo.com/index.php/rdcc/article/view/1406 A responsabilidade de terceiro por violação da cláusula de exclusividade 2024-04-06T12:07:49-07:00 Amanda Arraes de Albuquerque Maranhão amanda.arraes.maranhao@usp.br Júlia D’Alge Mont’Alverne Barreto juliamontalverne@usp.br <p>Analisa-se a responsabilidade civil de terceiro por violação da cláusula de exclusivida­de inserida em contratos comerciais, bem como a necessidade de dolo para a configuração dessa responsabilidade e, finalmente, a quantificação dos danos indenizáveis. É exigido do terceiro um dever genérico negativo de abstenção da práti­ca de atos que dificultem ou impeçam a execu­ção do ajuste pelos contratantes. É possível que o terceiro que interfere na relação contratual, desrespeitando a obrigação de abstenção, seja responsabilizado pelos prejuízos a que deu causa. Nesse caso, o conhecimento do contrato parece ser indispensável para a aferição da responsa­bilidade civil de terceiro, devendo-se levar em consideração que a conduta culposa ou dolosa do agente há de guardar estreita relação com a aplicação do <em>quantum </em>indenizatório.</p> 2024-04-11T00:00:00-07:00 Copyright (c) 2024 https://ojs.direitocivilcontemporaneo.com/index.php/rdcc/article/view/1407 O parto da montanha: um casode redução da reparação de dano patrimonial com base no grau de culpa no STJ 2024-04-06T12:17:37-07:00 Flavia Portella Püschel flavia.puschel@fgv.br <p>Considerando que nos vinte anos desde a promulgação do Código Civil a jurisprudência pouco aplicou a redução equitativa da indeniza­ção com base na excessiva desproporção entre grau de culpa e prejuízo a hipóteses de danos patrimoniais, analisa-se neste artigo como o STJ empregou a norma em questão em uma série de julgados sobre danos desse tipo. Objetivo do tex­to é contribuir para o aprofundamento do debate sobre como o Poder Judiciário incorporou a regra do parágrafo único do art. 944 do CC ao sistema jurídico e para investigação da hipótese de que a norma caminha para tornar-se letra morta. Com base na reconstrução dogmática do direito da responsabilidade civil aplicável ao caso, ficará de­monstrado que a solução adotada pelo STJ torna a norma em questão redundante e, ademais, in­troduz uma complicação desnecessária na aplica­ção do instituto jurídico da responsabilidade civil.</p> 2024-04-11T00:00:00-07:00 Copyright (c) 2024 https://ojs.direitocivilcontemporaneo.com/index.php/rdcc/article/view/1408 A responsabilidade dos magistrados em Portugal: interpretaçãodoartigo14.º da Lei 67/2007, de 31 de dezembro 2024-04-06T12:25:43-07:00 Estevan Pietro estevanpietro85@gmail.com <p>O presente artigo propõe analisar a res­ponsabilidade do magistrado em Portugal, mas em perspectiva restritiva, analisando tão somen­te a incidência do artigo 14.º da Lei 67/2007 que trata sobre os danos causados por atos pratica­dos no exercício de suas funções, mediante dolo ou culpa grave. O artigo aborda as dimensões da norma e os seus possíveis sujeitos passivos. Em seguida, analisa a possibilidade de participação processual do magistrado que está sendo impu­tado à responsabilidade do artigo 14.º e, por fim, algumas considerações sobre a discricionarieda­de – ou não – do direito de regresso.</p> 2024-04-11T00:00:00-07:00 Copyright (c) 2024 https://ojs.direitocivilcontemporaneo.com/index.php/rdcc/article/view/1413 A responsabilidade civil pela perda de uma chance e a sua aplicação nos casos de abandono afetivo paterno-filial 2024-04-11T07:31:24-07:00 Thais Lozada Moreira tlozadamoreira@gmail.com <p>O presente trabalho tem como obje­tivo principal analisar a chamada teoria da res­ponsabilidade civil pela perda de uma chance e investigar a sua aplicabilidade nas hipóteses de negligência de pais ou mães no exercício dos deveres inerentes à parentalidade –especifica­mente no que se refere ao dever de convivência e cuidado com relação aos filhos – como forma de reparação dos danos causados às vítimas de abandono afetivo. Inicialmente, o trabalho abor­dará a origem e o desenvolvimento da teoria da perda de uma chance no direito estrangeiro e no Brasil. Em um segundo momento, a pesqui­sa analisará o afeto como bem jurídico tutelável na sociedade contemporânea e o dever dos pais e direito dos filhos à convivência familiar. Assim, estabelecidos estes pressupostos, será possível al­cançar o núcleo do estudo proposto no presente trabalho, momento em que, à luz da Constitui­ção Federal do Brasil de 1988, do Código Civil de 2002 e do Estatuto da Criança e do Adolescente, se examinará as posições da doutrina e jurispru­dência acerca da responsabilidade civil nos casos de abandono afetivo paterno filial, a fim de que, ao final, seja possível expor as razões que levam à conclusão de que se mostra possível a aplica­ção da teoria da chance perdida para justificar a responsabilização civil dos pais pelo abandono afetivo dos filhos.</p> 2024-04-11T00:00:00-07:00 Copyright (c) 2024 https://ojs.direitocivilcontemporaneo.com/index.php/rdcc/article/view/1414 Os registros de marca realizados com má-fé: a sistematização do conceito de má-fé no Direito Comparado 2024-04-11T07:40:25-07:00 Leonardo Machado Pontes lm.pontes@hotmail.com <p>Diversos tratados legais, como a Con­venção de Paris, a Convenção Pan-Americana e o Protocolo de Harmonização do MERCOSUL para a proteção de marcas, procuram regular os efeitos dos registros de marcas nas quais o re­querente age com conhecimento da existência de uma marca anterior conflitante ao procurar registrar sua marca e, portanto, com má-fé. Es­te artigo busca sistematizar o escopo da má-fé no direito das marcas, considerando o corpo de decisões do Instituto de Patentes e Marcas da União Europeia, o Tribunal Geral e o Tribunal de Justiça da União Europeia sobre esse assunto, de­cisões de tribunais franceses, espanhóis, alemães, norte-americanos e britânicos, para finalmente considerar a jurisprudência no Brasil e a ação imprescritível de anulação que pode ser ajuiza­da em tribunais federais para adjudicar ou anular tais registros de marcas. Para tanto, utiliza-se do método funcional aplicado no direito comparado, que foi inaugurado por Ernest Rabel para analisar decisões judiciais. O estudo do direito compara­do demonstra que ainda é necessário ampliar o conceito de má-fé no Brasil, integrando-o à teo­ria do abuso do direito.</p> 2024-04-11T00:00:00-07:00 Copyright (c) 2024 https://ojs.direitocivilcontemporaneo.com/index.php/rdcc/article/view/1397 Editorial 2024-04-06T08:58:30-07:00 Ignacio Poveda Velasco poveda@usp.br <p>Editorial</p> 2024-04-11T00:00:00-07:00 Copyright (c) 2024 https://ojs.direitocivilcontemporaneo.com/index.php/rdcc/article/view/1422 Submission Instructions for Authors 2024-04-11T08:56:57-07:00 Revista de Direito Civil Contemporâneo direitocivilcontemporaneo@gmail.com <p>Submission Instructions for Authors</p> 2024-04-11T00:00:00-07:00 Copyright (c) 2024 https://ojs.direitocivilcontemporaneo.com/index.php/rdcc/article/view/1424 Modelo 2024-04-11T09:05:04-07:00 Revista de Direito Civil Contemporâneo direitocivilcontemporaneo@gmail.com <p>Modelo</p> 2024-04-11T00:00:00-07:00 Copyright (c) 2024 https://ojs.direitocivilcontemporaneo.com/index.php/rdcc/article/view/1421 Normas de publicação para autores de colaboração autoral inédita 2024-04-11T08:46:19-07:00 Revista de Direito Civil Contemporâneo direitocivilcontemporaneo@gmail.com <p>Normas de publicação para autores de colaboração autoral inédita</p> 2024-04-11T00:00:00-07:00 Copyright (c) 2024 https://ojs.direitocivilcontemporaneo.com/index.php/rdcc/article/view/1420 O sistema prescricional de Moreira Alves após 21 anos de vigência do CC/2002: definições e indefinições no acórdão do Recurso Especial 2.088.100/SP 2024-04-11T08:35:28-07:00 Dante Olavo Frazon Carbonar dantefrazoncarbonar@gmail.com Matheus Preima Coelho matheuscoelho@junqueiragomide.com.br <p>O presente texto é uma singela homenagem ao recém-falecido professor e ministro José Carlos Moreira Alves, que redigiu a parte geral do anteprojeto do Código Civil de 2002 e, portanto, cunhou o sistema prescricional vigente, pelo menos em grande parte. Afora sua singular importância como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), destacou-se como importante professor de Direito Civil e de Direito Ro¬mano, tornando-se, indubitavelmente, um dos mais importantes juristas do século XX. Assim, homena¬geia-se tão importante jurista nos 21 anos de vigência do Código Civil. A propósito, Otavio Luiz Rodrigues Jr. iniciou a publicação de importantes estudos biográficos a seu respeito, cf. RODRIGUES JR., Otavio Luiz. “Moreira Alves está resfriado”: um ensaio biográfico sobre o último catedrático da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (parte 1). <em>Revista de Direito Civil Contemporâneo</em>, v. 37, p. 339-377, out./dez. 2023.</p> 2024-04-11T00:00:00-07:00 Copyright (c) 2024 https://ojs.direitocivilcontemporaneo.com/index.php/rdcc/article/view/1419 Proportionality in Private law, organizado por Franz Bauere Ben Köhler 2024-04-11T08:30:11-07:00 William Galle Dietrich galledietrich@gmail.com <p><strong>Sumário:</strong> Introdução. 1. Apresentação da obra. 1.1. Textos introdutórios. 1.2. Perspectivas teóricas e constitucionais. 1.3. Proporcionalidade no Direito Privado europeu. 1.4. Proporcionalidade no direito processual. 2. Análise. Conclusão. Referências bibliográficas. Referências jurisprudenciais.</p> <p><strong>Dados bibliográficos:</strong> BAUER, Franz; KÖHLER, Ben (Orgs.). Proportionality in Private law. Tübingen: Mohr Siebeck, 2023.</p> 2024-04-11T00:00:00-07:00 Copyright (c) 2024 https://ojs.direitocivilcontemporaneo.com/index.php/rdcc/article/view/1418 O direito à privacidade 2024-04-11T08:18:55-07:00 Louis D. Brandeis direitocivilcontemporaneo@gmail.com Samuel D. Warren direitocivilcontemporaneo@gmail.com Maria Clara de Souza Seixas mariaclara@4s.adv.br Marcus Seixas Souza marcus.seixas.souza@gmail.com <p>Sumário: 1. O direito à privacidade não proíbe qualquer publicação de assunto que seja de interesse público ou geral. 2. O direito à privacidade não proíbe a comunicação de qualquer assunto, ainda que de natureza privada, quando a publicação seja feita em circunstâncias que a tornem uma comunicação privilegiada de acordo com as leis contra a difamação. 3. A lei provavelmente não concederia qualquer reparação pela invasão de privacidade por publicação oral na ausência de danos especiais. 4. O direito à privacidade cessa com a publicação dos fatos pelo indivíduo ou com o seu consentimento. 5. A veracidade da matéria publicada não oferece defesa. 6. A ausência de “malícia” no editor não oferece defesa.</p> 2024-04-11T00:00:00-07:00 Copyright (c) 2024 https://ojs.direitocivilcontemporaneo.com/index.php/rdcc/article/view/1417 Irretroatividade do regime de bens da união estável. Impossibilidade de se aplicaras regras de uma relação anterior para governar nova união estabelecida entre as mesmas partes (Parecer) 2024-04-11T08:13:43-07:00 José Fernando Simão simaojfs@uol.com.br <p>Sumário: 1. Consulta: a situação e os quesitos. 1.1. Síntese da controvérsia. 1.2. Os quesitos. 2. Opi­nião legal. 2.1. Resposta ao primeiro quesito. 2.2. Resposta ao segundo quesito. 3. Resposta sinté­tica aos quesitos. Referências bibliográficas. Referências jurisprudenciais.</p> 2024-04-11T00:00:00-07:00 Copyright (c) 2024 https://ojs.direitocivilcontemporaneo.com/index.php/rdcc/article/view/1415 Repensando a responsabilidade subjetiva e objetiva no âmbito da responsabilidade civil 2024-04-11T07:55:16-07:00 James Goudkamp james.goudkamp@law.ox.ac.uk <p>Uma das questões mais importantes no âmbito da responsabilidade civil é a distinção en­tre responsabilidade subjetiva e responsabilidade objetiva. Ela é praticamente unânime nos casos e nos estudos acadêmicos. Este artigo argumen­ta que a prática de classificar os atos ilícitos de acordo com as categorias de responsabilidade por culpa e sem culpa é, na melhor das hipóte­ses, seriamente enganosa. Ela esconde a comple­xidade da responsabilidade civil e obscurece-a mais do que a ilumina. Quatro argumentos são apresentados para apoiar essa afirmação. O pri­meiro é de, se não muitos, talvez a maioria, dos atos ilícitos são espécies amalgamadas das duas formas de responsabilidade. Como veremos, é co­mum que a configuração do ato ilícito dependa de vários elementos, e que apenas alguns deles tenham a culpa como pressuposto. Esses ilícitos estão sujeitos tanto às regras de responsabilida­de subjetiva quanto às da objetiva. O segundo e o terceiro argumentos focam em condutas cuja responsabilização, supostamente, independe de culpa. Argumenta-se que a prática de enquadrar&nbsp;o ilícito no âmbito da responsabilidade objetiva não considera as possíveis defesas baseadas na culpa, bem como o fato de que mesmo a res­ponsabilidade objetiva pode imputar responsa­bilidade a ofensores que agiram culposamente. O quarto argumento concentra-se na doutrina da responsabilidade por fato de terceiro. O ponto ora apresentado de é que a responsabilidade por fato de terceiro faz com que a responsabilidade civil seja acobertada por um estrato substancial de responsabilização sem culpa. Cada um desses argumentos é independente dos demais. O pri­meiro leva mais de tempo para ser desenvolvido, mas o demais, de forma alguma, dependem ou são secundários em relação a ele.</p> 2024-04-11T00:00:00-07:00 Copyright (c) 2024 https://ojs.direitocivilcontemporaneo.com/index.php/rdcc/article/view/1416 Questões controvertidas sobre a dotação das fundações em Espanha 2024-04-11T08:06:24-07:00 Javier Vercher Moll javier.vercher@uv.es <p>A dotação das fundações é um dos prin­cipais elementos para a realização de seus fins A dotação faz parte do patrimônio da fundação, mas é regulada por um regime jurídico muito par­ticular, que limita os poderes dos administradores para gerenciá-la. Neste artigo, tentaremos delimi­tar os aspectos relacionados à administração da dotação das fundações.</p> 2024-04-11T00:00:00-07:00 Copyright (c) 2024