Biometria, autodeterminação informativa e proteção de dados pessoais

Autores

  • Adriana Espíndola Corrêa
  • Maria Fernanda Battaglin Loureiro

Palavras-chave:

Proteção de dados pessoais, Autodeterminação informativa, Biopolítica, Governamentalidade neoliberal, Segurança nacional

Resumo

Este artigo problematiza a proteção ju­rídica dos dados biométricos, a partir da crítica à razão governamental neoliberal. Após analisar a regulação jurídica dos dados pessoais e do di­reito à autodeterminação informacional, apon­tamos a ampliação do tratamento desses dados no Brasil pelo Estado. Ao indagar sobre a relação entre autodeterminação informacional e razão empresarial neoliberal, identificamos certa cone­xão entre esta e a exigência do consentimento. Essa racionalidade se replica, porém, na expan­são da vigilância comportamental pelo Estado e pelo mercado. Ao invés, então, de apontar uma contradição entre razão governamental neolibe­ral e a ênfase no consentimento individual, de um lado, e a expansão dos usos de dados bio­métricos pelo Estado, de outro, indicamos suas convergências, sob o signo dos mecanismos de segurança da biopolítica neoliberal.

Biografia do Autor

Adriana Espíndola Corrêa

Doutora em Direito das Relações Sociais pela UFPR. Mestre em Direito pela UFPR. Professora adjunta de Direito Civil e Processual Civil da Universidade Federal do Paraná – UFPR.

Maria Fernanda Battaglin Loureiro

Doutoranda em Direito das Relações Sociais na Universidade Federal do Paraná – UFPR. Mestre em Direito pela UFPR. Advogada.

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Publicado

2024-01-02

Edição

Seção

Doutrina Nacional